15039840730_5b62c49fb5_oSão Paulo – Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato ao governo do Estado de São Paulo pela coligação “Para Mudar de Verdade” (PT/PCdoB/PR),  Alexandre Padilha, a militância tomou a avenida Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. “Faltam 23 dias para eleições. São 23 dias para decidirmos se queremos mudar definitivamente a história do Estado de São Paulo, levando Padilha para o governo”, disse Lula para centenas de pessoas que caminharam pela avenida e assistiram ao ato político na Largo do Jardim Grimaldi.

“Temos mais quatro fins de semana, contando com este, até o dia das eleições. Está nas mãos, no coração e na alma de cada um de vocês. Vamos provar mais uma vez que a pesquisa que vale é a das urnas. Vamos fazer uma virada com o povo que vai votar 13”, declarou Alexandre Padilha.

O ex-presidente Lula lembrou que obras realizadas em São Paulo, como as do Rodoanel,  tiveram repasses do governo federal para serem viabilizadas. “Mas isso, o governo do Estado não diz. E se perguntarem para o governador sobre política de segurança pública, a única coisa que ele diz é que o problema está nas fronteiras. Parece que o crime organizado manda no governo do Estado”, afirmou. “A verdade é que a maioria das armas utilizadas pelos bandidos não é contrabandeada da Rússia ou do Afeganistão; são armas roubadas e compradas aqui dentro do Estado pelo crime organizado”.

Lula também ressaltou que o atual governador não tem respostas para problemas da saúde ou da educação. “A impressão que tenho é que ele não tem explicação a não ser estar governando para tomar cafezinho nas cidades do interior. Ele é uma figura neutra, não tem posição, é como feijão sem sal. Por isso foi apelidado de candidato chuchu”,disse o ex-presidente. O ex- presidente também chamou a atenção para a propaganda eleitoral do candidato tucano: “Parece que ele nunca vem na Zona Leste, no Grajaú, no Largo 13, em Pirituba. O mundo dele vai do palácio no Morumbi ao helicóptero para o interior”, completou.

Padilha explicou porque ele e Lula escolheram a Zona Leste da capital para realizar a atividade de campanha no Dia Estadual da Mobilização do PT. “O governador diz que a Zona Leste tem quatro milhões de habitantes e é uma região cheia de problemas. Para nós, a Zona Leste é a solução.  O prefeito Fernando Haddad ganhará um parceiro no Palácio dos Bandeirantes, se eu for eleito. Juntos vamos trazer o desenvolvimento para esta região”, ressaltou.

Universidade Federal na Zona Leste

O candidato comentou que tem planos para levar mais oportunidades para os moradores, na área da Educação. Ele destacou que irá levar qualidade e estrutura para o prédio da USP Leste e quer construir, com a presidenta Dilma Rousseff, a Universidade Federal da Zona Leste de São Paulo.

Padilha voltou a lembrar que o governo do Estado inaugurou o monotrilho com apenas duas estações, operando em teste nos finais de semana.  “Alguém alguma vez viu ele fazer inauguração-teste no Metrô da avenida Paulista, de Higienópolis ou da Oscar freire?  Eu quero ser governador para tratar o povo da Zona Leste como deve ser tratado, como  cidadão de primeira categoria. Comigo não haverá uma monoestação. Vamos levar o monotrilho até a Cidade Tiradentes, passando por Sapopemba  para ajudar a melhorar a vida de quem estuda e de quem trabalha”, reforçou.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também criticou a forma como a população das periferias é tratada pelo governo do Estado. “Não adianta prometer e inaugurar somente uma estação em quatro anos. Aqui não é Disneylândia. Aqui é Sapopemba. Aqui,  as pessoas trabalham e precisam de transporte”, disse. Haddad lembrou que o governo federal tem repassado verbas para acelerar as obras no Estado. “A Dilma não cansa de fazer convênio. Ela coloca dinheiro no Rodoanel, no Metrô, em hospital e creche, mas há 20 anos essas obras não são realizadas. Precisamos de um governador que pise no acelerador. O que o Estado precisa é de um piloto de Fórmula Um, porque São Paulo não aguenta mais esperar para ver as mudanças. Vamos eleger Padilha governador e mudar a história do Estado” , enfatizou Haddad.

Lula mencionou ainda que além da candidatura do atual governador existe um outro candidato “que foi presidente da FIESP e questionou a possibilidade de os trabalhadores sentirem-se representados por uma candidatura que tem essa origem. “Eu sinceramente não consigo compreender como o trabalhador que luta a vida inteira para melhorar a vida dele, vai votar num presidente da FIESP para representar os interesses dos trabalhadores, não tem lógica”.

O ex-presidente destacou que o momento agora é de discutir propostas “para mostrar que  Padilha tem as melhores e é o mais qualificado para governar o Estado”.

Também participaram da caminhada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o senador Eduardo Suplicy, candidato à reeleição, deputados federais e a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.

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